sábado, 28 de janeiro de 2012

Romances bobos


Quando tenho que escolher um filme, sempre procuro os de terror, não sei ao certo o real motivo, mas sempre gostei daquela sensaçãozinha de medo ao assistir esse gênero cinematográfico. Também gosto de comédia, mas a maioria dos filmes produzidos atualmente tem uma pitada de comédia e por isso me faz perder o interesse. Coisa que não acontece com a maioria das pessoas que eu conheço e que preferem filmes de comédia ou comédia romântica.

Da mesma forma que gosto da adrenalina e suspense dos filmes de terror, muitas pessoas preferem rir com um filme, como meu irmão, que sempre compra comédias ou romances e não me dá outra opção a não ser, vê-los. Aproveitando esse tempo livre (férias) que me resta, comecei a ver uns filmes que já estavam guardados a um bom tempo. E no meio deles, encontrei "Cartas Para Julieta".

Cartas para Julieta me foi uma grande surpresa, o filme conta a história de uma "checadora de fatos"- Sophie - que vai passar as férias com seu noivo na linda Itália, em Verona. Ao chegar lá, Sophie encontra um grupo de mulheres que trabalham respondendo cartas de mulheres apaixonadas, que escrevem para Julieta, num famoso ponto turístico da cidadezinha, e lá encontra uma carta datada de 1951. Disposta a ajudar, ela responde a carta, enquanto isso, seu noivo acaba tendo que viajar por causa de compromissos à trabalho, e deixa Sophie conhecendo a cidade. Passado pouco tempo, a senhora à quem ela havia respondido, aparece na cidade em busca do seu grande amor. Sophie fica encantada  e decide acompanhá-la, junto com seu neto, Charlie.

O desenrolar da história não poderia ser mais óbvio, e é onde o filme peca. Desde o início sabemos o que irá acontecer com a protagonista, o que acontece apenas confirma os fatos. A previsibilidade do filme não é necessariamente um problema, e pra mim, não foi. Mesmo sabendo o que iria acontecer, minha ansiedade estava em ver como aconteceria, ou seja, presenciar o desenvolvimento da trama.

Há tempos um filme não me fazia dar um sorriso bobo como esse fez. Entendam, o filme é do tipo em que você torce pra que tudo dê certo, e você acaba inevitavelmente se identificando com os personagens, além disso, as pitadas de comédia deixam o ar mais divertido e descontraído.

O filme não é dos mais marcantes mas a simpatia dos atores e os lugares por eles visitados (no decorrer do longa) torna tudo mais agradável. O filme traz uma mensagem, a de quê não importa quanto tempo se passou, mas se você realmente ama/amou alguém, esse amor jamais acabará. Essa premissa me fez pensar, "Será que vale à pena apostar tudo no amor?" Sinceramente eu não sei responder essa pergunta, como no longa, na vida real também existem várias coisas que devem ser pensadas. Muitas pessoas acabam vivendo uma falsa ilusão, o que atrasa a vida e prejudica em outros aspectos.

Nem ao menos tenho namorada, mas mesmo assim, no fundo todos queremos acreditar que um dia iremos encontrar alguém que será a nossa cara-metade, e isso independe da idade, condição econômica ou classe social - levando em conta o verdadeiro amor, e não o guiado pelas aparências - , praticamente todos queremos uma companhia para passar os últimos dias juntos ou simplesmente para rir das coisas em comum.

Pode parecer um tanto quanto cafona ou piegas, mas depois de ver um romance, sempre me vem a vontade de ter alguém com quem compartilhar os pequenos momentos. Quando procurava um filme para ver, não queria assistir um romance, mas tê-lo visto me fez sorrir e pensar sobre que realmente vale à pena ou não. Estava precisando.

Como disse, o filme não é perfeito, mas eu recomendo, deixo a trailer pra vocês verem:


"E" e "Se" são duas palavras tão inofensivas quanto qualquer palavra, mas coloque-as juntas lado a lado, e elas tem o poder de assombra-lá pelo resto da sua vida. "E se".. E se? E se?

Não sei como sua história acabou. Mas sei o que você sentia na época era amor verdadeiro então nunca é tarde demais. Se era verdadeiro então, porque não o seria agora? Voce só precisa ter coragem para seguir seu coração. Não sei como é sentir amor como o de Julieta, um amor pelo qual abandonar entes queridos, um amor pelo qual cruzar oceanos. Mas gosto de pensar que, se um dia sentisse, eu teria coragem de agarra-lo. E Claire se voce não o fez, espero que um dia faça. Com todo meu amor, Julieta.



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